sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meu poço

Tornei-me você
E me perdi
Na busca de mim mesmo
Ao ficar só
E desde tão cedo
Por opção
E por falta de opção

A mente está turva
Como a água do poço
Onde caí e me atolei
E me calei em gritos
E de olhos úmidos
Deixei de chorar
Ainda que em prantos

Procuro encantos
Procuro encontros
Comigo, em especial,
A descobrir o mapa
Dos tesouros
Das trilhas
Que é só caminhar

Poço que caí
Poço que escavei
Poço que não posso
Poço que senti
Poço que me pode
Que me devora
E me revigora

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